Você já se perguntou como algumas marcas conseguem se destacar tanto no mercado? Boa parte da resposta está no chamado “benchmarking empresarial”, uma espécie de “espionagem do bem” que tem muita influência nos resultados.
Um bom produto ou serviço são importantes, claro.
Até a sorte impacta no sucesso, mas o benchmarking, ou seja, a comparação de processos, estratégias e resultados entre a marca em questão e outras que são referência no mercado, dentro ou fora do setor, é importantíssimo!
E quem o faz não visa criar cópias idênticas de nada, mas identificar lacunas de desempenho, aprender com quem entende e aperfeiçoar processos de forma progressiva, entende?
Explico melhor no decorrer deste artigo!
Saber para onde ir: a importância do benchmarking
O benchmarking, como estratégia, permite que os gestores de marcas e empresas enxerguem o mercado como um todo e não apenas seus próprios negócios. Podemos compará-lo a um GPS, que guia organizações com base nas melhores práticas do mercado.
Essa estratégia é um ponto de referência para você entender o que está fazendo bem, o que pode melhorar e como alcançar resultados à frente dos concorrentes.
O benchmarking possibilita:
- Comparar indicadores de desempenho e pontos fracos e pontos fortes
- Identificar oportunidades de melhorias
- Impulsionar a inovação adaptada à realidade do negócio
- Estabelecer metas realistas e desafiadoras com base em dados
- Aprimorar o desempenho organizacional
- Melhorar práticas internas
- Estimular o aprendizado contínuo e uma cultura de evolução
Existem vários tipos dele e, independentemente do que você escolher fazer, com certeza, sua iniciativa estará lhe ajudando a “sair do básico”, finalmente!
Principais tipos de benchmarking para escolher agora mesmo
Na falta de um, trago vários tipos de benchmarking que vale a pena experimentar: o competitivo, o funcional, o interno e o genérico. Cada um atende objetivos específicos, qual o seu?
Benchmarking competitivo
Esse é o tipo mais conhecido e, talvez, o mais desafiador. Ele consiste em comparar os produtos, processos, serviços ou resultados da sua empresa com os de concorrentes diretos.
Quando usar:
- Entender como a sua empresa se posiciona no mercado
- Planejar ações de negócios
- Identificar pontos fortes e fracos em relação à concorrência
Nem sempre é fácil conseguir dados confiáveis e detalhados para um bom benchmarking competitivo, então, apoie-se em fontes públicas e plataformas de inteligência de mercado.
Benchmarking funcional
O benchmarking funcional, por sua vez, vai além do setor em que a empresa analisada atua e compara funções ou processos específicos dela aos de quem não é exatamente concorrente, mas é referência.
Exemplifico: um hospital que compare suas iniciativas com as de uma companhia aérea, seja para entender sobre gerenciamento de filas, sobre atendimento ou sobre logística, está fazendo um benchmarking funcional.
A principal vantagem dessa alternativa é conseguir acesso fácil às informações, já que não há conflito de interesses.
Benchmarking interno
Nem sempre é preciso olhar para fora para aprender!
O benchmarking interno acontece dentro da própria organização, através da comparação de práticas e processos de diferentes departamentos, unidades ou filiais.
Benchmarking genérico
O quarto e último tipo de benchmarking – genérico e mais amplo de todos – não depende de setor ou concorrência.
Executá-lo é observar práticas amplas e inspiradoras de liderança, inovação, atendimento ao cliente, uso de tecnologia, cultura organizacional etc. que podem ser aplicadas ao negócio.
Interessante também, não? E aí, já conseguiu escolher?
Seja qual for sua decisão, aprenda como fazer benchmarking em 5 etapas
Pelo menos cinco passos precisam ser seguidos para você colocar o benchmarking em prática e se tornar quase um investigador profissional do mercado: planejamento, seleção das referências, coleta e análise de dados, adaptação e monitoramento de resultados.
Conheça-as:
1. Planejamento
No planejamento, defina:
- O que será comparado (processos, produtos, serviços ou estratégias)
- Objetivo do benchmarking
- Critérios de desempenho e métricas
- Possíveis concorrentes e referências a analisar
Quanto mais clareza em cada definição, melhor, inclusive para ficar mais fácil selecionar o tipo de benchmarking a ser adotado.
2. Escolha das empresas ou dos setores de referência
Depois de elencar tudo o que é importante na fase anterior, você saberá em que sentido quer investigar o desempenho do seu negócio, então, pense: dentre concorrentes e referências que listei, quem faz isso muito bem?
Você pode olhar para concorrentes diretos, empresas líderes em outros setores, benchmarks internacionais e cases de sucesso. Volte à lista do tópico anterior se precisar de ajuda.
3. Coleta e análise dos dados
Então, reúna o máximo de informações relevantes para fazer as comparações necessárias. Você vai precisar de dados internos e externos. Até relatórios públicos, estudos de caso, entrevistas e visitas técnicas entram em jogo!
Sempre respeitando a ética e a legalidade no uso das informações da concorrência, agrupe-as por categorias, identifique padrões e investigue diferenças em práticas e processos, considere mudanças realistas, entenda aonde estão as oportunidades de melhoria e destaque.
Atenção! Essa fase envolve interpretação crítica, não apenas um olhar para números.
4. Implementação das melhorias necessárias
Finalmente, você terá chegado à etapa da adaptação: das melhores práticas à realidade do seu negócio, do comportamento da empresa em relação a leis, da identidade visual etc.
- Acontecerá um rebranding?
- Alguma coisa vai mudar no registro no INPI?
- Como informar a equipe sobre as novidades?
- Quem é responsável por cada melhoria?
- Quanto você pode e quer gastar no processo?
- Quais os prazos para tudo acontecer?
- Quais indicadores-chave serão usados para analisar os resultados?
Responda todas essas questões, preferencialmente com ajuda de quem tem expertise em cada uma delas, como especialistas em registro de marca, lideranças de diversas áreas dentro da corporação e assim por diante.
5. Monitoramento dos resultados
Por último, mas não menos importante, monitore os resultados constantemente, entendendo que o benchmarking não é um projeto que começa e acaba, mas uma estratégia contínua, com ajustes e aprendizados frequentes, afinal, mercado e concorrência também estão sempre mudando.
Procure avaliar se suas escolhas a partir das análises trouxeram melhorias significativas, se os objetivos apontados no planejamento foram atingidos e o que mais pode ser modificado.
Documente todo o processo para repetí-lo com facilidade futuramente, sempre com ética e responsabilidade.
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