Comunidade de marca: dicas para você construir a sua

Comunidade de marca explicada por um especialista em marketing? Você encontra neste artigo! Além de dicas para construir a sua.

Por Laury von Mühlen 7 min. de leitura

Imagem de pessoas interagindo com o símbolo de marca registrada (®), representando proteção de marca, com diversas configurações de roupas e cores, em um cenário moderno.

Uma comunidade de marca não requer explicação: ela nasce da aproximação entre empresa e público-alvo, e das trocas que acontecem em diversas situações.

Pessoas que a compõem passam a compartilhar as experiências que têm com a marca (entre si e com a própria empresa), comentam ideias e se sentem parte da história do negócio.

Quer criar a sua? Defina um objetivo para atrair participantes, trabalhe a favor de conexões verdadeiras e priorize a informação e o suporte muito mais do que a venda per se.

O engajamento acontece quando as pessoas percebem que fazem parte de algo real e pode ser online, ser promovido num evento presencial etc.

De um jeito ou de outro, é essencial que o seu consumidor se sinta ouvido para a comunidade crescer sem esforço.

Trago mais dicas neste artigo, espero que você goste!

O que é uma comunidade de marca de verdade?

Se uma comunidade de marca é um grupo de pessoas que se reúne em torno de um negócio, produto ou serviço para trocar ideias, experiências e aprender umas com as outras, física ou digitalmente, ela precisa significar um espaço no qual todos se sintam à vontade.

Nela, devem haver:

  • Trocas, perguntas, respostas, ensinamentos, dicas e opiniões
  • Conexão real entre os membros e entre os membros e a marca
  • União dos participantes em torno de um objetivo ou interesse em comum (e também em comum aos da marca, é claro)
  • Liberdade e segurança para contribuições; horizontalidade

Além disso, nada impede que a sua comunidade de marca seja um lugar no qual você vai testar ideias (seus famosos MVPs!) e coletar feedbacks para ajustá-las.

Dentre os benefícios de ter uma comunidade de marca, destaco a fidelização, os excelentes insights e a construção de maior alcance e melhor reputação no mercado.

As chances de você passar a ter uma love brand pra chamar de sua a partir da construção de uma comunidade realmente engajada são enormes!

Em muitos casos, diversas pessoas se tornam defensoras do negócio e fazem propaganda gratuita. Sem contar que dúvidas e problemas são resolvidos dentro do próprio grupo, evitando atritos que se espalham por aí.

Quer mais? Comunidade de marca tem tudo a ver com identificação de tendências, afinal, ao monitorar a sua você percebe comportamentos e interesses que estão surgindo.

“Sobre o que falar na minha comunidade de marca?”

Aja naturalmente em busca de conexão com o público-alvo da sua empresa!

  • Fale sobre o que o negócio representa para os stakeholders
  • Apresente produtos, serviços ou ideais conversando de igual pra igual
  • Mostre as visões e os valores do negócio
  • Comente sobre novidades e leia/ouça as opiniões; depois, demonstre que você prestou atenção aos feedbacks e decidiu adotá-los
  • Faça enquetes, caixinhas de perguntas e tudo o mais que a galera faz no Instagram!
  • Transmita dicas e informações de forma mais ampla, ou seja, ligadas ao seu nicho, mas talvez não diretamente à sua solução
  • Capriche naquele marketing emocional, capaz de evocar sensações
  • Valorize quem contribui; reconheça as participações

E se a comunidade for online, de vez em quando, convide para eventos presenciais; se estiver se formando no offline, não esqueça de propor a criação de um grupo para atualizações no digital também!

Deixe a sua imaginação falar – mas sempre correspondendo aos interesses e desejos de quem está envolvido na “patota”, viu?

Inspire-se nestes exemplos de comunidades de marca bem-sucedidas

Cada uma com sua estratégia, todas estas comunidades oferecem espaço para troca, colaboração e aprendizado e ensinam à outras marcas como engajar pessoas de forma consistente:

NuCommunity (Nubank)

  • Formato: fórum on-line
  • Objetivo: ser um espaço para sugestões e dúvidas
  • Resultado: interações clientes <> equipe fazem todos se sentir ouvidos e conectados a marca

Nike Training Club (Nike)

  • Formato: aplicativo para celular
  • Objetivo: compartilhar treinos, dicas de saúde e resultados esportivos (amadores ou profissionais)
  • Resultado: incentiva a participação ativa dos membros em atividades físicas e desafios; facilita a troca de experiências

Reserva INK (Reserva)

  • Formato: encontros presenciais
  • Objetivo: designers independentes, artistas e consumidores reunidos para personalização de roupas
  • Resultado: estímulo ao pertencimento e à cocriação gerando sensação de exclusividade e fortalecendo o vínculo

LEGO Ideas (The Lego Group)

  • Formato: plataforma digital
  • Objetivo: partilha de ideias de novos produtos
  • Resultado: comunidade vota nas melhores ideias e interage; as sugestões dos fãs são transformadas em produtos de verdade

Beauty Insider (Sephora)

  • Formato: programa de pontos com benefícios
  • Objetivo: acesso antecipado a produtos da grande empresa de cosméticos e beleza, partilha de avaliações e dicas
  • Resultado: a combinação de recompensas e interação é um incentivo tanto para participação na comunidade quanto para as compras

Vai dizer que você não gostaria de fazer parte de uma dessas turmas?

“Quero criar uma comunidade para a minha marca! E agora?”: 5 passos para começar

A criação de uma comunidade “pede” propósito claro, pelo menos um canal certo de comunicação e incentivos às participações.

Fica que tem mais! :)

1. Defina qual será o propósito da comunidade

Você quer aproximar pessoas em torno de algo que realmente importa – e o que é esse “algo”? Sem propósito, uma comunidade vira só mais um grupo sem vida.

  • O que sua marca defende?
  • Como os valores da marca podem conectar pessoas (e conectá-la ao público-alvo)?
  • Quais dores e interesses podem ter soluções conjuntas?
  • O que tornaria a sua comunidade única, diferente das outras?
  • Qual valor agregado oferecer aos participantes?

Tire alguns instantes de reflexão…

2. Escolha o canal certo

Esteja exatamente aonde o público-alvo está, senão, você não consegue engajamento. Algumas comunidades são construídas e atualizadas via redes sociais (Facebook, LinkedIn, Instagram, TikTok); outras dependem de aplicativos de mensagens instantâneas.

Tem também aquelas que contam com plataformas próprias, tipo aplicativos, fóruns online e eventos, à distância ou não. E muitas podem ir se formando a partir do compartilhamento de newsletters ou e-mails marketing.

3. Faça as pessoas se sentirem incluídas

Cada vez mais,a galera quer se sentir parte de alguma coisa e, se você conseguir atender essa necessidade, o engajamento da sua comunidade vai aumentar. Uma vez tendo criado o “grupo”, certifique-se de:

  • Dar respostas sem demoras
  • Incentivar que todos se apresentem
  • Compartilhar histórias e pedir que os outros façam o mesmo
  • Convidar todo mundo a dar opiniões/feedbacks
  • Incentivar a partilha de fotos e vídeos
  • Apoiar a indicação de outros membros
  • Apresentar resultados e conquistas da comunidade
  • Etc.

Mostre, através das suas ações e campanhas, que a comunidade é feita por todos e para todos. E que todos pertencem a algo maior!

4. Modere os diálogos

Sem ditar nada, faça uma moderação atenta de tudo o que as pessoas compartilham na sua comunidade. Trabalhe, por exemplo,algumas técnicas de social listening para ouvir e ler o que dizem sobre a sua marca, inclusive fora do ambiente seguro.

Lembre-se de que comentários e sugestões são sempre bem-vindos, e que é a forma como a empresa reage a eles que faz toda a diferença na criação de um vínculo duradouro com os consumidores.

5. Vá ajustando suas estratégias conforme coletar dados

Enquanto tudo se desenrola, meça os resultados para entender se a comunidade realmente está cumprindo com o propósito dela. Descubra o que engaja e, portanto, em que tipo de conteúdo investir mais recursos.

Aqui estão métricas essenciais para você monitorar:

  • Crescimento e retenção dos membros ao longo do tempo
  • Quantas pessoas estão ativas e participam vs. quantas nem aparecem
  • Frequência das interações entre os participantes;
  • Conteúdos gerados pelos próprios membros (e reações a eles)
  • Indicações da marca e compartilhamentos, por parte dos membros da comunidade, fora dela – share of voice

Ah! Novamente, volte aos feedbacks para coletar dados qualitativos também.

Aos poucos você vai sentir que a galera confia no seu negócio e quer colaborar para vê-lo crescer. Poucas coisas são tão gratificantes quanto isso! Fico na torcida.

Deixe seu comentário

Insights e estratégias exclusivas
diretamente no seu e-mail.

Insights e estratégias exclusivas
diretamente no seu e-mail.

Tudo certo!

Seu cadastro foi concluído e logo você receberá, na sua caixa de entrada, as melhores orientações para ter uma marca de sucesso.

Enquanto isso, que tal dar uma olhada nos conteúdos das nossas redes sociais?