Naming: dicas práticas e checklist para fazer

Descubra como criar um nome de marca forte, estratégico e registrável no INPI. Veja erros comuns, dicas práticas e um checklist profissional de naming.

Por Laury von Mühlen 6 min. de leitura

Ilustração moderna de pessoas interagindo e colaborando em um ambiente criativo, com uso de formas geométricas e cores vibrantes, representando trabalho em equipe e inovação.

Dar um nome para uma marca e, portanto, tirar um tempo para pensar e definir o naming de um negócio depende de estratégia. O naming deve mostrar propósito, posicionamento e diferenciação para o mercado, tornando-se ponto de partida para toda a construção da identidade da marca; a base para um empresário poder chamar de “seu” um ativo de valor inestimável.

Ao longo de tantos anos acompanhando o registro de milhares de marcas, percebi que muita gente subestima essa etapa, escolhendo nomes por gosto pessoal e sem avaliar se as escolhas são realmente adequadas, memoráveis e registráveis.

É por isso que escrevo este artigo!

Quero combater os riscos de um rebranding precoce, de perda de autoridade e de problemas jurídicos junto com você, leitor(a). E vou te mostrar, do zero, o melhor caminho para o processo de naming correto – atrelado à proteção legal do seu negócio.

Continue lendo.

O que é naming? Explicação rápida!

“Naming” nada mais é do que o ato de dar um nome a uma marca, um produto ou um serviço, visando transmitir a visão e o posicionamento de uma empresa ao mercado.

Esse ato pode ser explicado como um processo estruturado, que leva à escolha certa do nome; à definição de um “título” que representa o negócio de forma autêntica e estratégica.

Qual a importância do naming? Parece algo tão simples…

Dentro do universo do branding, o naming é o primeiro passo para a identidade de uma marca ir ganhando forma. Ele é a base sobre a qual se constroem todos os outros elementos, da comunicação visual ao tom de voz.

Por isso, precisa:

  • Evocar sentimentos
  • Despertar curiosidade
  • Comunicar posicionamento
  • Conectar marca e público-alvo
  • Transmitir essência em poucas letras
  • Ser coerente com o propósito do negócio

Enfim, pense na definição de nome como um trabalho árduo para se chegar ao “como” as pessoas vão perceber sua empresa, lembrar-se dela e torná-la parte do cotidiano. E ao “de que forma” o mercado vai reagir a tudo isso.

Com um naming bem estruturado, você terá construído seu alicerce para uma marca forte e memorável.

O que não fazer durante um processo de naming?

Minha experiência me diz que, antes de conversar com você sobre o que deve ser feito (para além do que já falamos), preciso destacar alguns aspectos proibidos no naming, tudo bem? Vamos a eles:

  • Optar por palavras excessivamente descritivas ou difíceis de ler, escrever, falar e memorizar ou até escolher o próprio nome como nome de marca
  • Aderir a tendências passageiras, ficando com um nome que estará obsoleto em poucos meses ou anos
  • Juntar uma palavra com outra na tentativa de conseguir uma construção com um terceiro sentido que, para o INPI, não existe
  • Copiar estruturas famosas (o -fy de Spotify, o -flix de Netflix e outras) só para parecer descolado, sem nenhum propósito

E o mais importante: esquecer de verificar se o nome está livre para registro e uso, deixando de executar não não uma pesquisa simples, mas uma busca de anterioridade completa.

Não faça isso, tá?

Agora, trago dicas.

10 dicas de naming para a sua empresa – Graças aos meus anos de experiência

Fiz uma lista de tudo o que descobri trabalhando com registros de marca, e a disponibilizo agora exclusivamente para você, quase como um grande catálogo de dicas:

  1. Os nomes mais fortes são simples, mas cheios de propósito, por outro lado, um nome escolhido por impulso ou “porque é legal” quase sempre acaba gerando dor de cabeça
  2. Para escolher bem um o nome de uma marca, em qualquer idioma, ele precisa ser fácil de pronunciar e escrever; nada de nome longo ou confuso!
  3. Sua escolha nunca será boa o suficiente se você não testar suas opções em voz alta, conversando com outras pessoas e aplicando-as em tudo o que levará a identidade visual do seu negócio
  4. Limitar o nome a um nicho ou produto específico não só dá problema no INPI como limita qualquer possibilidade de expansão
  5. Cuidado, pois, mesmo sem querer ou mesmo que não seja logo de cara, em algum momento, o público associa o nome da marca a algum sentimento ou significado negativo, se ele existir
  6. E, por falar no INPI, é mais fácil conseguir aprovação do pedido de registro de primeira quando o nome é distintivo, não descritivo, não genérico, não imitativo e não cria risco de confusão fonética ou visual – Anotou?
  7. Além de checar a disponibilidade do nome para registro no INPI, recomendo fortemente que você verifique se domínio (site) e @ para redes sociais também estão disponíveis
  8. Naming de produto ou serviço não é a mesma coisa que naming de marca, por isso, os primeiros até podem ser temporais e específicos, mas o outro, o título principal, não. Nunca!
  9. Tente enxergar o processo de naming da sua marca como a construção de um guarda-chuva sob o qual estarão todos os valores e as visões do negócio, pontos que definirão, também, seu potencial de crescimento
  10. Coloque as ideias na cabeça de pessoas que você confia e “mude de assunto” por uns dias, voltando a falar sobre o nome da sua marca depois que o papo quase cair no esquecimento. Veja qual opção cada pessoa consegue lembrar. Fique com aquela que gruda

Pronto! Para encerrar, a seguir, preparei um checklist prático que pode ser aplicado imediatamente.

Como garantir um processo de naming que funciona?

Comece entendendo profundamente a sua marca, gere um montão de ideias (até usando a IA, se quiser), filtre as melhores e teste a viabilidade delas para, então, validar a aplicação. Alie metodologia, criatividade e cautela jurídica.

Em outro artigo aqui do blog, você encontra 5 passos para criar nome de marca + bônus e prompts, mas, antes de ir, tire uma captura de tela do quadro adiante!

[ ] Defina público, propósito, posicionamento, diferenciais e território emocional

[ ] Identifique sensações e ideias que o nome deve transmitir

[ ] Registre de forma visual as limitações e os riscos dos quais você deve fugir

[ ] Faça uma lista de opções, explorando diferentes tipos de nomes

[ ] Classifique suas alternativas por força estratégica, não por gosto pessoal

[ ] Elimine nomes difíceis de ler/escrever/falar, muito longos ou sem significado

[ ] Teste os que sobraram, falando-os em voz alta, escrevendo-os etc.

[ ] Ainda como parte do seu teste, busque saber a percepção de terceiros

[ ] Seguindo o critério de coerência com o posicionamento da marca, escolha 5-10 finalistas

[ ] Use uma ferramenta de pesquisa de marca para saber se estão livres no INPI

[ ] Cheque disponibilidade de domínio e @ nas redes sociais

[ ] Valide a escolha e formalize o pedido de registro

Se precisar, conte com ajuda especializada para não gastar tempo e dinheiro à toa e comece a construção do seu branding com tranquilidade e segurança jurídica!

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