
Ao criar um nome de marca, combine estratégia com identidade. Seja criativo(a), mas, acima disso, comunique valor, busque gerar conexão imediata com o público-alvo e mostre o posicionamento do negócio.
O nome é o primeiro ponto de contato que uma empresa tem com o consumidor e, mesmo sabendo disso, se não fosse a minha trajetória profissional com registros de marcas, eu talvez não pudesse afirmar com tanta propriedade: se bem escolhido, ele abre portas.
Para um nome da sua marca transmitir a essência do negócio, gerar identificação imediata do público-alvo, comunicar valor sem esforços e ajudar sua empresa a crescer e resistir ao tempo, ele precisa ter as características fortes que listo neste artigo e, preferencialmente, também estar adequado a outras orientações que trago.
Não falo por mim, mas porque a minha intenção aqui é lhe ajudar a evitar erros e pensar em boas opções!
Nomes de marca devem ser criativos e estratégicos na mesma medida
Sem método, muita pesquisa e clareza sobre o seu negócio e quem você quer alcançar com seus produtos ou serviços, nenhuma nomenclatura será boa o suficiente.
Mesmo havendo criatividade pura!
As marcas mais famosas do mundo não apenas têm nomes fáceis de lembrar, mas têm nomes que carregam uma mensagem, então, responda:
- O que você vende?
- Para quem você vende?
- Como você quer que seu negócio seja percebido?
- E lembrado?
Não tenha pressa nessa etapa de reflexão, vai por mim!
Aí, siga as cinco etapas adiante:
1. Pense num nome fácil de pronunciar e escrever
A sonoridade é fundamental para que as pessoas pronunciem a palavra corretamente – e os ouvintes dessas pessoas saibam do que elas estão falando ou busquem saber, fazendo a pesquisa certa!
A grafia simples, por sua vez, evita ruídos na comunicação, erros de digitação e confusões em pesquisas online.
Dicas para você anotar:
- Conheça a fundo o perfil, a linguagem e o universo do público-alvo
- Diga o nome em voz alta várias vezes para entender como soa
- Use a palavra em frases, hashtags e simulações de anúncios de tráfego pago e veja se é memorável e desperta curiosidade
- Faça uma espécie de telefone sem fio com outras pessoas e veja o que sai no final
- Prefira um termo com ritmo fluido e fonética clara, que pareça sempre o mesmo em diferentes sotaques
2. Certifique-se de acompanhar mudanças
Outra coisa: o nome da sua marca deve ser flexível o suficiente para acompanhar a evolução pela qual ela vai passar, por exemplo, quando você agregar novos produtos ou serviços ao portfólio.
- Nada de palavras que limitem o crescimento: imagina só a loja “Doces da Ana” começar a vender salgados?
- Prefira uma opção que expresse propósito e/ou estilo de vida
- Pense em imagens, emoções e valores que se conectam ao DNA da marca
3. Garanta um nome atemporal, original e fácil de lembrar
O nome ideal permanecerá relevante daqui a 10 ou 20 anos. Evite nomes baseados em tendências passageiras, siglas ou termos que provavelmente vão perder a força daqui algum tempo. Se fizer sentido, combine metáforas e analogias visuais.
Ainda, se, quando um nome é facilmente memorizado, ele se torna recorrente na mente das pessoas, aumentam as chances de elas procurarem a marca nas redes sociais, no Google etc., então, pense no melhor chiclete do mundo!
- Queira um nome curto (até três sílabas) e sonoro
- Escolha aquele que mais dê prazer ao falar
- Use aliterações ou repetições de som para melhor memorização
- Se o nome desperta curiosidade ou vira apelido, é bom sinal!
- Faça um “teste da lembrança” com conhecidos
4. Veja se o nome é aplicável na identidade visual
E, pra facilitar o seu lado também, é claro que eu te sugiro um nome de fácil aplicação em tudo o que for comunicação visual.
Pense na criação do logotipo, mas também em embalagens, cartões de visita, assinaturas de e-mail e, quem sabe, no futuro, até no seu aplicativo de e-commerce…
- Evite símbolos, números ou grafias rebuscadas
- Faça um teste de layout básico com as ideias que você tem, experimentando-a nos principais materiais de marketing e divulgação
- Considere o que a gente chama, no marketing, de “storytelling visual”: como a origem ou o significado do nome podem inspirar o design?
5. Veja também se ele está disponível em âmbito jurídico
Por último, mas igualmente essencial, de nada vai adiantar ter o melhor nome do mundo se você não conseguir registrá-lo.
Ou seja, a sua escolha precisa estar livre para você oficializar a propriedade da marca junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
E uma consulta de disponibilidade de marca bem feita ainda tem mais vantagens, viu?
Provavelmente o ato de validar nome de marca antes de registrar também vai representar uma facilidade maior de uso desse nome num domínio de internet e em perfis de redes sociais.
Então, não deixe de agir!
Pesquise variações e elementos similares além do “óbvio” numa ferramenta online e, depois, faça uma busca ampla na internet também (redes sociais, Google etc.).
Por último, preciso te avisar: nem todo nome é registrável.
Termos genéricos, descritivos ou de uso comum podem ser negados pelo INPI. Acione especialistas em registro de marca se precisar de suporte ou quiser garantir economia de tempo e dinheiro nesse processo.
Pergunte-se: minha ideia é autêntica?
Principalmente se você pretende escalar a sua marca para outras regiões ou até internacionalizá-la, o nome vai precisar daquilo que eu chamo de “aderência cultural”, ou seja, ser bem interpretado, aceito e apreciado em diferentes contextos.
É essa capacidade de transmitir referências que leva à autenticidade.
Outra dica importante!
Cuidado com palavras difíceis em outros idiomas, que soem negativas ou ofensivas em contextos diferentes da sua realidade ou em línguas diferentes e/ou que só façam sentido dentro de um dialeto regional (e que não sejam possíveis de explicar através do logotipo, por exemplo).
Trouxe ajuda :)
Exclusivo! Sugestão de prompt para IA
Apresente ao Chat GPT ou outra inteligência artificial à sua escolha todas as diretrizes da sua marca.
Explique se a marca já existe ou não, apresente proposta de valor e o que mais tiver para educar a IA o suficiente antes de fazer o pedido principal.
Se achar válido, pergunte: “posso trazer mais alguma informação para você antes de continuarmos?” ou qualquer coisa do tipo!
Então, peça para que ela se comporte como especialista em naming e branding com experiência em criação de marcas fortes e registráveis e, finalmente, “lance” o prompt:
Informe também:
E peça para que a plataforma gere uma tabela com ideia, significado/conceito, emoção transmitida, por que cada opção seria boa alternativa para o público-alvo e o que mais você quiser considerar para decidir.
P.S.: Use a IA como aliada, não como substituta da sua visão estratégica. Depois que a ferramenta gerar as sugestões, filtre-as com o olhar de quem entende de negócio – e leu as outras dicas deste artigo!
Refine, misture, teste e valide juridicamente antes de se apegar.
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